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Biblioteca das
Ciências

Durante dezenas de milhares de anos, as pessoas aguentaram-se bem a contar com as mãos. Contudo, há cerca de 6000 anos, o mundo mudou. No Médio Oriente, descobriram como domesticar animais e cultivaram cereais – tornar-se agricultores.
Matemática com História
Números Babilónios (4000-2000 a. C.)
Há 6000 anos, os agricultores na Babilónia (Iraque) fizeram insígnias de barro como registo de negócios. Tinham insígnias de várias formas para diferentes coisas...
Quando um negócio implicava várias insígnias, estas eram envolvidas num invólucro de barro. Para mostrar o que continha, o comerciante desenhava símbolos no exterior com um pau. Então alguém teve a ideia brilhante de marcar o barro com símbolos e não se preocupar com as insígnias. E assim foi inventada a escrita.
Os primeiros símbolos eram círculos e cones como as velhas insígnias mas, quando os Babilónios melhoraram as suas canetas de madeira, os símbolos eram pequenas cunhas afiadas.

Fonte: BALL, Johnny; Pensa num Número; 2006; 1ªEdição; Civilização
Números Egípcios(3000-1000 a. C.)
Os antigos Egípcios cultivavam a terra fértil ao pé do rio Nilo, que atravessa o deserto do Sara. O Nilo tinha cheias todos os verões, varrendo campos e regos. Ano após ano, os Egípcios delineavam novamente os campos. Assim tornaram-se agrimensores e medidores do tempo, usando a matemática não só para contar mas também para medir as terras, fazer edifícios, e ter a noção do tempo.
Para medir qualquer coisa – seja o tempo, o peso ou a distância – precisas de unidades. Os Egípcios basearam-se no corpo humano as suas unidades para a distância. Ainda hoje, algumas pessoas medem a sua a sua altura em ‘pés’.
Foi a sua perícia na matemática que permitiu aos Egípcios construírem as pirâmides. A Grande Pirâmide de Quéops é uma maravilha da matemática.

Números Maias(250-900 a. C.)
Os americanos indígenas também descobriram a agricultura e inventaram ainda melhor do que o dos Egípcios. Eles calcularam que um ano tinha 365,242 dias. Contavam de vinte em vinte, talvez usando os dedos dos pés e das mãos. Os seus números pareciam feijões, paus ou conchas – objectos que eles poderão ter usado como ábaco.
Os números romanos disseminaram-se pela Europa durante o Império Romano. Os Romanos contavam em dezenas e usavam letras como algarismos. Os Europeus escreveram assim durante 2000 anos. Hoje em dia ainda vemos números romanos em relógios, nomes de realezas (como a Rainha Isabel II) e livros com parágrafos numerados (i), (ii), (iii).
Números Romanos(500 a. C. até 1500 d. C.)
Números Indianos(200 a. C. até hoje)
A melhor maneira de fazer contas antigamente era com um ábaco – um aparelho feito de linhas de missangas ou pedras. Contudo, há cerca de 1500, os Indianos tiveram uma ideia melhor. Inventaram um “sistema posicional”, isto é, os símbolos correspondiam às linhas de um ábaco. Assim, era possível fazer contas complicas sem o ábaco. Como era preciso um símbolo para uma linha vazia, os Indianos inventaram o zero. Foi um golpe de génio. Os novos números espalharam-se desde a Ásia até à Europa e tornaram-se nos números que usamos hoje.
