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Porque poupam as famílias?
As famílias poupam para comprar bens imobiliários a fim de se alojarem. Elas poupam também a fim de se protegerem contra certas eventualidades (desemprego, grandes despesas não previstas, etc.); trata-se portanto igualmente de uma poupança de precaução.
As famílias podem também decidir poupar para os seus “dias de velhice”. Apresentada simplesmente, esta indica que as famílias poupam durante a sua vida ativa a fim de acumularem um património que “consumirão” durante a sua reforma. Esta teoria põe assim em evidência a demografia para explicar o montante da poupança das famílias numa economia. Se os ativos de um país são numerosos e os inactivos em número pequeno, a poupança será elevada.
As famílias podem também decidir poupar para obter recursos regulares sob a forma de juros. A este respeito, a teoria económica apresenta duas visões opostas do fenómeno de poupança.
Para os economistas clássicos, a repartição do rendimento entre consumo e poupança explica-se pelo nível de taxa de juro; assim, uma taxa de juro elevada favorece a poupança que é então bem remunerada. Uma taxa elevada compensa o sacrifício representado pela renúncia a um concurso presente.
Para o economista John M. Keynes, as famílias escolhem de início de um certo nível de consumo, sendo então a poupança o que resta do rendimento. Assim, as famílias com baixos rendimentos pouparão pouco, enquanto as famílias com rendimentos elevados pouparão uma parte mais importante dos seus recursos.
Jean-Yves Capul e Olivier Garnier, Dicionário de Economia e de Ciências Sociais
